A bondade de Davi
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Fugi para a vossa montanha como pássaro?
Porque eis que os ímpios armam o arco, põem as flechas na
corda,
para com elas atirarem, a ocultas, aos retos de coração.
Na verdade que já os fundamentos se transtornam: Que pode
fazer o justo?
O Senhor está no Seu santo templo, o trono do Senhor está
nos Céus;
os Seus olhos estão atentos, e as Suas pálpebras provam os filhos
dos homens.
O Senhor prova o justo; mas a Sua alma aborrece o ímpio e o
que ama a violência”.
Salmos 11:1-5.
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Os zifeus, para cujas regiões ermas Davi fora de Queila, enviaram
uma comunicação a Saul, em Gibeá, de que sabiam onde Davi se
encontrava escondido, e de que guiariam o rei ao seu retiro. Davi,
porém, avisado das intenções deles, mudou sua posição, procurando
refúgio nas montanhas que ficavam entre Maom e o Mar Morto.
Foi de novo enviada comunicação a Saul: “Eis que Davi está no
deserto de En-Gedi. Então tomou Saul três mil homens, escolhidos
entre todo o Israel, e foi à busca de Davi e de seus homens, até aos
cumes das penhas das cabras monteses.” Davi tinha apenas seiscen-
tos homens em sua companhia, ao passo que Saul avançava contra
ele com um exército de três mil. Em uma caverna isolada o filho de
Jessé e seus homens aguardavam a direção de Deus quanto ao que
deveria fazer-se. Estando Saul fazendo a ascensão das montanhas,
desviou-se para um lado, e entrou, sozinho, na mesma caverna em
que Davi e seu grupo estavam escondidos. Quando os homens de
Davi viram isto, insistiram com seu chefe para que matasse Saul. O
fato de que o rei estava agora em seu poder, era por eles interpretado
como prova certa de que Deus mesmo entregara o inimigo em suas
mãos, para que pudessem destruí-lo. Davi foi tentado a assumir esta
opinião a tal respeito; mas a voz da consciência falou-lhe, dizendo:
“Não toques no ungido do Senhor.”